domingo, 20 de março de 2011

Resgate das memórias televisivas e novos paradigmas da Mídia marcou Palestra de Sergio Mattos na UFSJ.


Em 2010 o Jornalista Baiano Sérgio Mattos, esteve presente no Campus Tancredo Neves, contando um pouco de sua trajetória como profissional e revelando fatos da cultura televisiva da Bahia e do Brasil para os alunos do curso de Comunicação Social – Jornalismo da UFSJ.
Em um resgate ao passado, Sérgio Mattos cita sexy simbols que eram grandes atrativos da tevê na época, fazendo render ofertas e lucros tanto para as ´´apetitosas`` como ele mesmo cita as atrizes quanto para a emissora.
Para Mattos, o declínio da televisão acontece em meados dos anos 90, no governo Fernando Henrique Cardoso. Mesmo sendo um período em que a economia estava em constante progressão, a televisão e os meios de comunicação não tiveram o mesmo avanço com qualidade. Para registro, na época, 6 milhões de televisores foram adquiridos pela população diz o jornalista. A partir dessa quantidade expressiva de consumidores, o nível de audiência sofreu sérias alterações como a entrada de uma classe forte, mas com baixo nível intelectual.
Sergio Mattos conta que em sua visita aos Estados Unidos, se deparou com fatos de novelas terem a duração de décadas, o que na acontece no Brasil em que no máximo 180 capítulos são exibidos. Nos Estados Unidos, os papeis individuais são importantes, mas não superam a importância do conteúdo conjunto.
Se pudesse estudar algo do mundo contemporâneo, estudaria o que mais me interesso hoje, a mudança de classe dos públicos televisivos; se o pensamento é alterado quando há a mudança de classe social, desabafa Mattos, que sugere aos alunos de jornalismo ,a produção de pesquisas que resgatem a memória da Tevê e o que o jornalismo televisivo produziu todos esses anos.
Sérgio Mattos é jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia (1971), Mestre em Comunicação pela Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos (1980), Doutor em Comunicação pela Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos (1982). Poeta, cronista, compositor e pesquisador universitário com 25 livros publicados no Brasil e no exterior.

“O teatro é de todos e para todos”



O Teatro Experimental é um movimento contemporâneo que apresenta uma crítica ao modelo de teatro burguês, dando voz a uma necessidade que atende a realidade contemporânea, e sendo auto- reflexiva, crítica, eclética e alternativa. “Queremos experimentar coisas, reciclar, dividir, trocar e fazer”, é assim que Kaike Barto descreve os objetivos do recente grupo de Teatro T.E.U., formado por estudantes da UFSJ.
O grupo, que surgiu do anseio dos universitários em participar do Festival Estudantil que aconteceria em Barbacena, reuniu à bagagem dos seus onze integrantes em trabalhos anteriores, dando corpo à primeira montagem “Que Seja Doce”. A peça, elaborada pelo auxilio de textos fortes e extremamente expressivos, da obra de Caio Fernando de Abreu, com elementos do Teatro Contemporâneo, misturando música, dança e teatro.
O nome T.E.U. (Teatro Experimental Universitário) nasceu devido à necessidade de uma nomenclatura para participar do Festival Estudantil e, segundo Kaike, pela brincadeira ao fim das apresentações com a plateia: “Esse é o Teu grupo!”, sugerindo a ideia de coletividade para com os espectadores.
Os ensaios geralmente acontecem no Campus Tancredo Neves e recentemente, com o amparo da professora Ana Dias, o grupo conseguiu o auditório do Campus Dom Bosco para seus encontros. As melhores ideias, segundo o grupo, são elaboradas nos encontros informais que acontecem nas casas de amigos.
Conquistas
O grupo foi destaque no Festival de Teatro da cidade de Lamim (FESTEMIM) que contou com grupos de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Cipotânea, Betim, Congonhas e Rio Espera. Conquistaram 7 prêmios, dentre eles Melhor Direção/Categoria Adulto, Melhor Direção/Categoria Alternativo, Melhor Espetáculo/Categoria Adulto, Melhor Espetáculo/Categoria Alternativo, Melhor Trilha Sonora, Melhor Atriz (Aline Monteiro) e Melhor Ator (Kaike Barto), e ainda indicação a Melhor Figurino. Os integrantes do grupo agradeceram ao reitor Helvécio Reis pelo apoio e também todos que colaboraram para essa premiação.
Com participações em festivais em vista, inclusive uma grande proposta interestadual, o Grupo T.E.U. recebeu convites para apresentar em Viçosa, Juiz de Fora e Belo Horizonte. “Esperamos poder em breve, apresentar em São João del-Rei”, confessa Kaike.