quarta-feira, 4 de maio de 2011

Raio X do Saneamento Básico

A precariedade do saneamento básico em São João del Rei é um tema que esta sempre em pauta nos debates e movimentos sociais cujo objetivo são melhorias na saúde e no meio ambiente da cidade. Mas estes movimentos apresentam muitos insucessos. É o caso da Vila Nossa Senhora de Fátima, próxima aos bairros de Matosinhos e Fabricas em que a falta de cooperação e descaso é eminente. O bairro abriga mau cheiro e condições sanitárias incorretas que podem ser vistas ao passar pelo local.

A infra-estrutura do bairro é precária e um de seus problemas mais comuns é o fato de ter seus moradores em contato direto com animais não domésticos como cavalos, galinhas e porcos, correndo risco de contrair doenças. A profilaxia do local é arriscada e de acordo com a secretaria do Meio Ambiente de São João del Rei faltam profissionais responsáveis pela vistoria do local afim e proporcionar melhores condições os moradores. A Secretaria afirma que estes problemas nem seriam da resolução da Secretaria de Meio Ambiente e sim da vigilância sanitária juntamente com o setor de zoonoses da cidade, o que não acontece de acordo com a mesma.


Maria de Fátima Oliveira, no bairro há mais de vinte anos, relata que várias reclamações já foram feitas e que nenhuma providencia é tomada. Muitas famílias criam porcos, cavalos e galinhas em casa, o que prejudica a higiene da família e de quem convive no meio. “Acho que a vigilância sanitária é a responsável por vistoriar esses locais e que ela não faz a devida vistoria, por isso tudo se mantém como está”.

De acordo com o coordenador de Pragas Urbanas da Secretaria de Saúde de São João del Rei, Valdisnei Lopes da Silva, existe uma lei federal para criação de um centro de pesquisas na área de zoonoses que cuidam também dos suínos, fator direto do bairro citado. Porém na cidade, o que existe é um setor interligado na secretaria de saúde que verifica o local mas não responsáveis por mudanças e alterações do ambiente. O setor de Zoonoses tem pratica maior em relação a animais de pequeno porte como cães e gatos não sendo diretamente ligado com a questão da proibição da criação de suínos nas casas, o que poderia provocar doenças graves aos moradores do local.



Tamanho não é documento

Em pesquisa realizada no ano passado grandes metrópoles como Belo Horizonte apareceram como uma das melhores capitais do país em saneamento básico, só perdendo para Brasília. A água distribuída no município já é toda tratada. A destinação do lixo, aumento da coleta seletiva e a caça a ligações de esgoto clandestinas serão os maiores desafios enfrentados pela administração pública nos próximos quatro anos.

As estimativas estão no estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, uma Organização Social Civil de Interesse Público (Oscip) fundada por empresas e entidades brasileiras ligadas à área de saneamento. Os dados são coletados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados por especialistas do próprio instituto e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).


Saneamento Geral


Essa situação do setor de saneamento no Brasil tem conseqüências muito graves para a qualidade de vida da população, principalmente aquela mais pobre, residente na periferia das grandes cidades ou nas pequenas e médias cidades do interior.

A falta de saneamento mata sete crianças por dia no Brasil. O dado alarmante foi anunciado pelo presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. Hoje, segundo dados do Ministério das Cidades, menos de 44% da população está ligada a uma rede de coleta de esgoto e somente um terço do que é coletado é tratado. O país figura no “Ranking da Vergonha”, entre as nações com mais pessoas sem acesso a banheiro - 13 milhões de brasileiros.De acordo com o presidente do Trata Brasil, só a sociedade pode mudar o quadro atual. “A nossa percepção é de que, enquanto as pessoas não se conscientizarem da importância do saneamento e priorizarem isso na hora de voto, os investimentos necessários não vão se realizar numa velocidade suficiente para o país”

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